O Banco do Brasil (BBAS3) está se preparando para anunciar resultados financeiros positivos para o segundo trimestre de 2024 (2T24), com uma projeção de lucro líquido de R$ 9 bilhões, representando um crescimento de 2,9% em relação ao ano anterior e um retorno sobre o patrimônio líquido de 21,3%. A expectativa é de que o crescimento da carteira de crédito se concentre principalmente nas áreas em que o banco possui uma vantagem competitiva, como o crédito consignado.
Embora haja uma previsão de leve aceleração na carteira de empréstimos, especialmente em um cenário de desaceleração no agronegócio e um apetite ao risco reduzido, o Banco do Brasil deve manter um crescimento moderado, alinhado com a faixa de orientação de 8% a 12%. A XP informa que o NII (margem financeira) deve registrar um aumento de 9% em relação ao ano anterior, mesmo que as operações de empréstimo mostrem um desempenho mais suave no trimestre.
As provisões para inadimplência permanecem uma preocupação, com expectativas de que o índice de inadimplência, que está acima de 90, continue sob pressão. O JPMorgan estima um lucro de R$ 8,5 bilhões, evidenciando a contribuição significativa do segmento Patagonia para o NII, que chegou a R$ 1 bilhão no primeiro trimestre de 2024.
O Santander, por sua vez, projeta um lucro líquido ajustado de R$ 9,369 bilhões para o BB no 2T24, com um crescimento de 1% em relação ao trimestre anterior e de 7% em relação ao mesmo período do ano passado. Apesar das expectativas de deterioração leve em alguns segmentos de inadimplência, o banco acredita que a combinação de novos resultados da Patagonia e a contribuição do varejo permitirá um crescimento robusto da receita.
O cenário aponta que as despesas administrativas devem apresentar um aumento, o que pode influenciar a percepção do mercado em relação à qualidade dos resultados do trimestre. A análise sugere que, caso as provisões não sejam reduzidas, os investidores podem reagir negativamente, semelhante ao que aconteceu após a divulgação de resultados anteriores.