A Cogna Educação (COGN3), um dos grandes nomes do ensino no Brasil, está de volta ao mercado de aquisições após um hiato de seis anos. A companhia, que recentemente reverteu prejuízo em lucro no segundo trimestre de 2025, celebra agora um novo capítulo com a compra da Faculdade de Medicina de Dourados, localizada no Mato Grosso do Sul, por R$ 54,4 milhões.
Essa movimentação marca um passo estratégico para a Cogna, visando fortalecer ainda mais sua presença no concorrido e promissor segmento de ensino de saúde. A aquisição demonstra o ímpeto da empresa em expandir sua atuação e consolidar sua posição como uma provedora diversificada de serviços educacionais.
Reestruturação e Crescimento na Saúde
A Faculdade de Medicina de Dourados, que obteve autorização do Ministério da Educação (MEC) em junho de 2025, já inicia suas atividades com vestibular aberto para o segundo semestre deste ano, oferecendo 60 vagas para o curso de medicina. O valor da transação, de R$ 906 mil por vaga, reflete o potencial e a demanda do setor.
O pagamento da aquisição será dividido: 70% do valor será pago à vista, enquanto os 30% restantes serão parcelados em sete vezes anuais, com as parcelas ajustadas pela inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), um indicador que mede a variação de preços para o consumidor final.
Com essa nova adição, a Kroton Med, o braço da Cogna focado na área da saúde, agora conta com um total de 653 vagas distribuídas em nove diferentes localidades, reforçando sua capilaridade e abrangência no país. Essa expansão segue um período de bons resultados para a Kroton, que viu sua receita crescer 13,3% no segundo trimestre, impulsionada pelo aumento no número de alunos e no valor médio das mensalidades.
A aquisição da faculdade, conforme comunicado da própria Cogna, “reforça o compromisso em expandir a atuação no setor educacional, consolidando ainda mais a posição como uma empresa de serviços educacionais com um leque diversificado de capacidades”. Vale lembrar que, em 2020, a companhia passou por uma reestruturação que paralisou suas aquisições, focando na redução de sua alavancagem financeira, ou seja, na diminuição de suas dívidas.
