A Eve Air Mobility, braço da Embraer (EMBR3) listado na Bolsa de Nova York (Nyse), anunciou um acordo para a potencial venda de até 50 aeronaves elétricas de pouso e decolagem vertical (eVTOL), popularmente conhecidas como ‘carros voadores’, para a Aerosolutions. O objetivo é estabelecer um ecossistema de Mobilidade Aérea Avançada na Costa Rica, com foco inicial na província de Guanacaste.
A parceria estratégica prevê o desenvolvimento de rotas que ligarão aeroportos a resorts de luxo e destinos ecológicos, cobrindo distâncias entre 20 e 50 quilômetros. Em nota, a Eve ressaltou que “Este acordo representa um passo fundamental na construção de um ecossistema robusto na Costa Rica”.
O anúncio repercutiu positivamente no mercado financeiro. As ações da companhia (EVEX) registraram forte alta na bolsa de Nova York, com valorização de 7,70%, negociadas a US$ 7,21, por volta das 11h20 do dia da divulgação do acordo.
Parceiros e Infraestrutura
O projeto conta ainda com a participação da Bluenest, empresa da Globalvia especializada em inovação para mobilidade aérea avançada. A Bluenest será responsável pelo desenvolvimento da infraestrutura de vertiportos, facilitando as conexões intermodais entre o transporte aéreo e terrestre.
Adicionalmente, a Aerosolutions terá acesso completo aos serviços TechCare da Eve Air Mobility. Esta plataforma integrada oferece soluções para as operações, manutenção e suporte ao cliente dos eVTOLs. As companhias colaborarão em workshops abrangendo tópicos como desenvolvimento de vertiportos, integração do espaço aéreo, treinamento de pilotos, requisitos de certificação e planejamento operacional.
“Ao integrar nossas aeronaves e os serviços TechCare às operações da Aerosolutions, será possível oferecer viagens mais rápidas, eficientes e sustentáveis, especialmente em áreas onde as rotas terrestres são limitadas ou congestionadas,” afirmou Megha Bhatia, CCO da Eve.
Tecnologia e Perspectivas Futuras
Os eVTOLs da Eve empregam uma configuração de decolagem e cruzeiro, permitindo voos tanto verticais quanto horizontais. Em junho, a subsidiária da Embraer divulgou projeções para a frota global desses veículos. A estimativa aponta para um potencial de 30 mil unidades até 2045, o que poderá gerar uma receita de até US$ 280 bilhões.