Após um semestre desafiador para o mercado brasileiro, especialmente para as ações, sinais de otimismo começaram a surgir com a realização de alguns fatores favoráveis. O corte de juros nos Estados Unidos, a redução das incertezas fiscais no Brasil e a recuperação da credibilidade do Banco Central, que enfrentou críticas diretas do presidente Lula, foram os principais impulsionadores. O Ibovespa alcançou sua máxima histórica de 137 mil pontos em 28 de agosto, marcando uma virada significativa. No entanto, desde 30 de setembro, o índice tem oscilado entre 130 e 131 mil pontos, indicando uma estagnação.
A analista Larissa Quaresma, da Empiricus Research, comentou em entrevista ao programa Onde Investir que, atualmente, os fatores domésticos estão pesando mais do que os internacionais. A questão fiscal é um ponto crítico; mesmo após promessas de um pacote de cortes de gastos, a data de divulgação continua incerta. Para Larissa, um ajuste fiscal é fundamental para melhorar o cenário da bolsa, pois poderia aliviar o prêmio de risco associado aos juros futuros. Enquanto isso, a saída de capital estrangeiro do mercado brasileiro atinge cerca de 30 bilhões de dólares este ano. Se houver um ajuste fiscal, acredita-se que o fluxo estrangeiro pode retornar.