A venda e a compra de participações marcou o balanço do 3º trimestre deste ano da Itaúsa (ITSA4), holding que controla o maior banco da América Latina. A empresa teve um trimestre bastante movimentado entre a aquisição de parte da CCR (CCRO3) e a venda de participação na XP (XPBR31).
O maior ativo, como esperado, foi o resultado do Itaú (ITUB4), que, nas palavras da controladora, apresentou “sólido crescimento impulsionado pelo avanço da carteira de crédito e melhores margens financeiras”. O banco é responsável por 80% dos lucros da holding.
O destaque foi o lucro líquido, que somou R$ 3,5 bilhões, um aumento de 51% em relação ao 3T21.
A empresa também anunciou o pagamento de JCP (juros sobre capital próprio) de R$ 500 milhões (ou R$ 425 milhões após o imposto de renda), para alegria dos acionistas que receberão “renda extra” em suas contas nos próximos meses”.
Mas os investidores inteligentes não devem se limitar ao Itaúsa. Até porque, com o Itaú ficando com uma participação menor nos resultados, não sabemos o que o futuro reserva para a holding.
“A adição de outros negócios ao longo do tempo (principalmente Alpargatas, Dexco e CCR) nos faz questionar o valor agregado gerado pela holding”, disse Larissa Quaresma, analista da Empiricus Research.
Enquanto isso, há outra empresa, também ligada a um grande banco brasileiro, que pagou dividendos superiores ao Itaú Holdings nos últimos 12 meses.