Revisão de Ações de Geradoras pela XP
A equipe de análise de energia e saneamento da XP reviu suas perspectivas e metas de preços para 2024 para empresas do setor de geração de energia. A equipe de análise posicionou a Serena (SRNA3) como sua escolha favorita, ao mesmo tempo que a AES Brasil (AESB3) foi rebaixada de compra para neutra.
Desempenho das Empresas de Energia
Além disso, algumas das principais empresas abrangidas como Auren (AURE3), cujo preço-alvo é estabelecido em R$ 15,00, e Engie (EGIE3), que teve seu preço-alvo revisado para R$ 46,00, continuarão neutras. Os analistas Vladimir Pinto e Maíra Maldonado observam que a oferta excessiva pode persistir a menos que determinadas iniciativas legislativas sejam impedidas. Entretanto, eles expressam a esperança de que o aumento do consumo de energia possa equalizar a oferta e a demanda até o fim da década.
Destaque para a Serena
A Serena é apontada como a escolha preferida no setor, porque seus ativos estão sendo negociados a um desconto, com um retorno interno de 14,2%. A XP registra que a empresa tem vários projetos em fase inicial, como os projetos Goodnight II e Assuruá 4 e 5, que ainda não refletidos no preço das ações. Além disso, a alienação da operação Goodnight I e o começo efetivo de outros projetos poderiam ser gatilhos para as ações da empresa. A XP também menciona a possível alienação de um dos principais acionistas como um potencial importante para as ações. O preço-alvo para a Serena foi fixado em R$ 13,00, com base no fluxo de caixa descontado (DCF).
Rebaixamento da AES Brasil
A recomendação para a AES Brasil foi rebaixada para neutra com um preço-alvo de R$ 14,00 por ação. A companhia entrará em uma nova fase em 2024, com o fim de um ciclo de intensos investimentos e o início previsto de projetos (Cajuína e Tucano) no primeiro trimestre de 2024. O rebaixamento se deve principalmente ao atual cenário de preços de energia, que é um desafio significativo para os novos projetos em desenvolvimento.
Posição das Empresas Neutras
Dentre as empresas consideradas neutras, a Auren se destaca pela sua disciplina positiva de alocação de capital. Entretanto, a ação foi considerada completamente precificada, apesar da gestão robusta de passivos para redução de contingências e otimização do portfólio. A Engie, por sua vez, está enfrentando desafios decorrentes do aumento da exposição no setor de energia solar e da venda de 15% da participação na TAG. A empresa se encontra em uma posição não contratada nos próximos anos, devido aos seus projetos em processo de construção.