Enquanto a temporada de balanços das empresas brasileiras se aproxima, a Priner (PRNR3) já movimenta o mercado financeiro com uma notícia estratégica. As ações da companhia de manutenção industrial e infraestrutura registraram alta de 1,85% no início da tarde, negociadas a R$ 15,40. O otimismo vem de um acordo não vinculante para adquirir 60% de uma empresa do setor de mineração, um movimento que já levou os papéis a uma valorização acumulada de 15,25% no ano.
A aquisição, embora o nome da empresa-alvo não tenha sido revelado, visa criar uma quinta vertical de serviços para a Priner, expandindo significativamente sua atuação. Em documento enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Priner destacou que essa integração promete gerar “oportunidades de cross-selling” – a prática de vender produtos ou serviços adicionais a um cliente existente – e “diluição dos custos fixos”, o que pode otimizar a estrutura de despesas da companhia. A nova unidade de negócios, se aprovada, será liderada pelo fundador da empresa adquirida, mantendo a tradição da Priner de valorizar a integração de lideranças e culturas.
Um Salto Estratégico para o Futuro
Não é apenas a promessa de um novo segmento que está por trás do brilho das ações. Segundo analistas da XP Investimentos, esta pode ser a maior aquisição da história da Priner. A empresa-alvo demonstrou um desempenho robusto entre 2023 e 2024, com receita líquida anual de R$ 400 milhões. Além disso, apresentou uma margem EBITDA de 30% e um Retorno sobre o Capital Investido (ROIC) de 20%.
Para entender melhor, a margem EBITDA (Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização) indica a capacidade operacional de uma empresa de gerar caixa, antes de considerar despesas financeiras e impostos. Já o ROIC (Return on Invested Capital) mede a eficiência com que uma empresa usa o capital total investido para gerar lucro, mostrando o retorno obtido sobre cada real investido no negócio.
Recomendações Otimistas do Mercado
Na avaliação da XP Investimentos, a potencial aquisição tem caráter “transformador”. A escala e a rentabilidade da empresa comprada podem, segundo a corretora, “fortalecer materialmente o perfil financeiro da Priner, além de agregar diversificação relevante ao portfólio”. Com essa visão positiva, a XP reafirmou sua recomendação de compra para as ações da Priner.
O Itaú BBA corrobora o otimismo, sugerindo que é o momento de incluir PRNR3 na carteira de investimentos. Os analistas do banco preveem que as ações da Priner devem ter um desempenho superior ao de seus concorrentes diretos, o que também se traduz em uma recomendação de compra. Eles ressaltam que a Priner tem demonstrado sucesso na expansão de seus negócios e que “a estratégia de adicionar uma quinta unidade de negócios deve ser bem recebida pelo mercado”, considerando o crescimento tanto por meios internos quanto por aquisições. Além disso, o alto nível de lucratividade e retorno da empresa-alvo superam os números atuais da própria Priner, adicionando um ponto forte à operação.
