Na quinta-feira, 24 de outubro, a mineradora Vale (VALE3) divulgou os resultados financeiros referentes ao 3º trimestre de 2024, revelando uma diminuição significativa nos principais indicadores de desempenho.
Entre julho e setembro, a receita líquida da companhia foi de US$ 9,5 bilhões, evidenciando um recuo de 4% em relação ao trimestre anterior e uma queda de 10% ano a ano, com a desvalorização do minério de ferro sendo o principal fator desta diminuição.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) também sofreu um revés, totalizando US$ 3,7 bilhões. Este valor representa uma queda de 21% frente ao 2T24 e de 6% em comparação ao 3T23, embora tenha superado a expectativa de mercado em US$ 200 milhões.
O lucro líquido, por sua vez, caiu para US$ 2,4 bilhões, correspondendo a uma redução de 16% em relação ao mesmo período do ano anterior, mas ainda assim superando as previsões do setor.
Ruy Hungria, analista da Empiricus, observou que essa performance já era amplamente antecipada, especialmente em decorrência da desvalorização do minério de ferro. “Apesar disso, houve pontos positivos, como a melhoria na produção de metais básicos, que se tornou uma prioridade para a nova gestão após vários trimestres com resultados abaixo das expectativas”, destacou.
Além disso, Hungria notou uma provisão adicional de US$ 1 bilhão relacionada à Samarco, o que foi considerado um impacto mais baixo do que o esperado pelo mercado, que previa valores entre US$ 1,5 bilhão e US$ 2 bilhões.
Uma dúvida que persiste entre investidores é se é um bom momento para adquirir ações da Vale.