As ações da Smart Fit (SMFT3) foram alvo de questionamento da B3 (Bolsa de Valores do Brasil) após uma série de pregões com oscilações atípicas. A rede de academias respondeu à bolsa, indicando que parte do movimento incomum dos papéis se deveu a comentários feitos por executivos em um evento fechado.
Na quarta-feira (2), dia da maior volatilidade, as ações da Smart Fit chegaram a desvalorizar 7%, encerrando o dia com recuo de 6,06%. A empresa esclareceu que a declaração em questão, proferida em um evento organizado pelo Citi, referia-se a uma captação de alunos no México abaixo do padrão histórico para o período pré-pandemia. A Smart Fit enfatizou que não divulga projeções de captação e que a informação compartilhada foi de natureza qualitativa, sem dados numéricos, e não deve ser interpretada isoladamente como indicativo do desempenho operacional.
Recuperação e desempenho geral
Apesar do revés da sessão anterior, os papéis da Smart Fit demonstraram recuperação na sessão seguinte, fechando o dia com uma alta de 1,73%, cotados a R$23,50. No acumulado do ano, a valorização das ações SMFT3 permanece robusta, em 39,30%.
A companhia, que já integrava a B3 desde 2021, fez sua estreia no principal índice da bolsa brasileira, o Ibovespa, em maio deste ano, com a nova composição válida até agosto de 2025.
Resultados operacionais consistentes
No âmbito operacional, a rede de academias apresentou resultados sólidos no primeiro trimestre deste ano, conforme análise do BTG Pactual. Entre janeiro e março de 2024, a Smart Fit registrou lucro líquido de R$ 140,3 milhões, um crescimento de 27% em comparação com o mesmo período do ano anterior. A receita líquida alcançou R$ 1,678 bilhão, com um aumento de 33% na comparação anual.
O desempenho foi impulsionado pela expansão da base de membros, com a adição de 5,2 milhões de alunos em suas unidades físicas, um aumento de 16% em relação ao primeiro trimestre anterior. No segmento digital, os assinantes somaram 400 mil, com alta de 28% na base anual.
O crescimento da base de associados foi notável em todas as regiões: no Brasil, houve uma alta de 10% em 12 meses; no México, de 16%; e nos demais países da América Latina, o avanço foi de 24%, consolidando a região como destaque. (Com informações do Estadão Conteúdo)