Angola optou por abandonar a Organização dos Países Exportadores de Petróleo, onde era membro desde 2007. A decisão foi divulgada pelo ministério de Recursos Minerais, Petróleo e Gás do país, indicando que a contribuição e as ideias de Angola não estavam mais produzindo os resultados esperados no seio do cartel. A insatisfação de Angola ficou evidente no final de novembro, quando o país expressou desagrado em relação à sua cota de produção estabelecida pela Opep, que era de 1,11 milhão de barris por dia, argumentando que tal volume era inadequado.
A atitude de Angola revela as tensões existentes entre os membros da Opep quanto à definição dos níveis de oferta de petróleo. Enquanto a Arábia Saudita pressionava por reduções mais substanciais na produção, Angola e outros membros mostravam resistência a essas medidas. A Opep e seus aliados, conhecidos como Opep+, acabaram por concordar em cortar a produção em 2,2 milhões de barris por dia até o primeiro trimestre de 2024, mas sem apaziguar os descontentamentos que culminaram na saída de Angola do grupo.