Taxa de Desemprego no Brasil Apresenta Queda para 7,5%
Um cenário otimista começa a se desenhar para o mercado de trabalho brasileiro. Os dados mais recentes indicam uma queda significativa na taxa de desemprego, atingindo 7,5% no trimestre móvel finalizado em dezembro. Esta redução de 0,2 ponto percentual em relação aos três meses anteriores representa um alinhamento com as projeções de economistas da LSEG, que anteciparam esta mesma taxa.
Comparando com o Ano Anterior
Ao comparar com o mesmo período de 2022, a atual taxa de 7,5% evidencia uma melhora substancial, visto que a taxa de desemprego naquela época era de 8,1%. Este progresso também é notado na comparação com o trimestre encerrado em agosto de 2023, quando a taxa estava em 7,8%.
Número de Desempregados em Declínio
O mercado de trabalho brasileiro demonstra um vigor notável, com o número de desempregados reduzindo para aproximadamente 8,2 milhões de pessoas, que é o menor número registrado desde abril de 2015. Isso significa que há menos 539 mil pessoas à procura de emprego, o que corresponde a uma diminuição de 6,2% em um ano.
Recorde na População Ocupada
A população empregada alcançou um patamar recorde de 100,5 milhões de trabalhadores, com um crescimento de 0,9% — equivalente a 853 mil pessoas — ao longo do trimestre. Comparativamente ao ano anterior, o aumento foi de 0,8%, ou mais 815 mil pessoas. Neste contexto, o nível de ocupação atingiu 57,4%, com um ligeiro aumento de 0,4 p.p. em relação ao trimestre anterior.
Empregos Com e Sem Carteira Assinada
A formalidade no mercado de trabalho também apresentou resultados positivos, com um crescimento no número de empregados com carteira assinada no setor privado (excluindo trabalhadores domésticos) para 37,7 milhões, o que significa um aumento de 1,4% para o trimestre e de 2,5% anualmente. Esse montante é apenas ligeiramente inferior ao auge histórico de junho de 2014.
Entretanto, o número de empregados sem carteira também atingiu o maior nível histórico, mantendo-se estável tanto no trimestre em análise quanto em comparação anual, totalizando 13,4 milhões de pessoas.
A estabilidade também prevaleceu entre os trabalhadores por conta própria sem CNPJ e os trabalhadores domésticos (ambos com 5,9 milhões de pessoas).
Diminuição dos Desalentados
A população fora da força de trabalho – aqueles que desistiram de procurar emprego – apresentou uma redução de 5,5% no trimestre e de 16,9% no período anual. Isso representa uma queda para o menor nível desde agosto de 2016. O índice de pessoas desalentadas registrou a menor taxa desde maio de 2016, com apenas 3,0%.
Variações no Setor de Trabalho
O setor industrial e o setor de construção observaram aumentos notáveis no número de trabalhadores, com crescimento de 2,9% e 2,8%, respectivamente, enquanto outros setores não tiveram variações marcantes.
Avanços no Rendimento
- O rendimento médio real apresentou um crescimento positivo, estimado em R$ 3.034, marcando um aumento de 2,3% em relação ao trimestre anterior e de 3,8% anualmente.
- A massa de rendimento real mostrou um progresso de 3,2% em relação ao trimestre precedente, chegando a R$ 300,2 bilhões e alcançando um novo recorde histórico.
Esses indicadores são essenciais para entusiastas do mercado financeiro que se mantêm atentos às dinâmicas econômicas que impactam tanto o cenário macroeconômico quanto as oportunidades de investimento no país.