Conhecendo o ETF à vista de Bitcoin
Após uma série de acontecimentos dramáticos, incluindo ataques virtuais, anúncios falsos e críticas de membros governamentais, o tão aguardado ETF (fundo de índice) à vista de Bitcoin (BTC) finalmente recebeu aprovação nos Estados Unidos. A Comissão de Valores Mobiliários (SEC, na sigla em inglês) deu luz verde a um conjunto de produtos, satisfazendo em grande parte as previsões dos analistas. Acredita-se que os ETFs possam contribuir ainda mais para a popularização do Bitcoin e outras criptomoedas, que até recentemente estavam principalmente associadas a atividades financeiras ilícitas e raramente apareciam nos noticiários econômicos.
O Que é e Por Que é Importante
O ETF à vista de Bitcoin, também conhecido como spot, é um instrumento que oferece aos investidores a possibilidade de exposição aos movimentos de preços da criptomoeda, sem ter que negociar diretamente numa exchange de criptomoedas. Até agora, os EUA apenas permitiam ETFs relacionados aos contratos futuros da moeda digital.
Muitos investidores institucionais têm evitado o Bitcoin devido à volatilidade da moeda e à falta de regulamentação do setor. Dito isso, o ETF de Bitcoin, sendo um produto regulamentado, abre portas para esse público. Assim, assessores de investimento em Wall Street já estão se preparando para recomendar este produto aos seus clientes.
Efeitos Esperados e Impactos para Investidores Brasileiros
O aval regulatório é visto como um selo de aprovação para o Bitcoin, que poderia aumentar a confiança entre os investidores institucionais e descartar a imagem de um ativo não levado a sério. Além disso, a aprovação desta ferramenta de investimento é um importante marco na transição global para criptoativos, e espera-se que catalise o crescimento da indústria e aumente significativamente a demanda pelo Bitcoin.
As estimativas preveem que os fundos de índice gerem fluxos de entrada significativos de cerca de 50 a 100 bilhões de dólares somente em 2024. A boa notícia é que investidores brasileiros podem investir em ETFs de Bitcoin. Para isso, é necessário ter uma conta internacional em uma corretora que liste os ETFs disponíveis nos Estados Unidos. Após abrir a conta, o investidor precisará converter para dólar e adquirir o produto financeiro.
Comparando ETFs dos EUA e do Brasil
Apesar disso, é provável que os ETFs dos EUA sejam mais caros para os brasileiros do que as opções disponíveis no Brasil. Isso ocorre porque eles são negociados em dólar e a conversão para a moeda americana em corretoras internacionais envolve impostos, como o IOF. Ao colocar na balança, talvez valha a pena considerar as opções de ETFs locais que possuem um regime fiscal mais favorável e negociação em reais.
Futuro Preço do Bitcoin
As projeções de curto prazo tornaram-se mais negativas depois que o Bitcoin não reagiu conforme o esperado na quarta-feira. Contudo, as expectativas mudam quando consideramos a longo prazo. Até o final do ano, o consenso entre os analistas técnicos e fundamentalistas é de que a moeda digital tem potencial para ultrapassar seu recorde histórico de US$ 69 mil.