Além das cadernetas de poupança, existem outras opções de investimento mais interessantes. Em tempos de juros altos, como é o caso atualmente no Brasil, Bernardo Pascowitch, fundador da Yubb, cita os títulos pós-fixados diretos que acompanham o ajuste agressivo da Selic, tornando-os mais atrativos em momentos em que não há perspectiva de corte de juros no aumento da taxa de juros.
Por outro lado, os títulos prefixados oferecem retornos fixos, que podem ser inferiores à inflação devido à instabilidade econômica e política do Brasil. “Nesse sentido, se os investidores estão comprando um título de taxa fixa que é mais arriscado, eles têm menos conhecimento. Para reduzir o risco, um título de taxa flutuante é mais recomendado”, disse Pascowitch. Confira as melhores opções de tesouro direto neste relatório.
Os títulos privados também devem estar no centro das atenções dos investidores. Segundo Siqueira, os CDBs (Certificados de Depósito) também têm bom desempenho em tempos de aperto monetário. As cartas de crédito, como LCI e LCA, por outro lado, podem ser mais atrativas porque, além de oferecerem retornos relacionados ao CDI (após a movimentação da taxa de juros), como o CDB, são isentas de imposto de renda (IR).
“A letra pode pagar 95% do CDI, mas o investidor não é tributado. O retorno do investidor é ‘cheio’. Ou seja, uma letra de 95% equivale a um CDB de 115% do CDI”, disse Siqueira.
O problema é que essa classe de ativos, títulos de crédito privado, precisa ser observada com mais atenção pelos investidores devido à complexidade e risco de suas operações. “Recomenda-se que invistam apenas em títulos de grandes empresas com boa reputação no mercado e cobertas por agências de rating e/ou bancos de investimento, que tenham opinião sobre o nível de risco de cada título”, aconselha Ivan Barboza, Arctic Long Sócio-gerente da Term International Auto United.