Mesmo diante de um clima de desconfiança, as oportunidades para o longo prazo se delineiam à medida que os FIIs de escritórios são negociados com descontos que abrem espaço para assimetrias pontuais. Em São Paulo, a típica dobradinha de chuvas e trânsito caótico, aliada à retomada do trabalho presencial, vem impactando a dinâmica da cidade.
O retorno aos ambientes físicos se reflete em metrôs lotados, filas nos elevadores e aquela apressada pausa para o café antes das reuniões. Empresas de grande porte – como Google, Meta e Amazon – anunciaram o fim do home office, respaldando a necessidade de reestruturação do ambiente corporativo. Pesquisa da KPMG e a decisão recente do JP Morgan, com as palavras firmes de seu CEO, reforçam que o retorno total ao presencial ainda deve se consolidar, possivelmente até 2025.
Essa movimentação tem impulsionado o mercado de lajes corporativas, visto que a volta ao ambiente de trabalho requer a ampliação das locações. Dados do setor, conforme o relatório do BTG, indicam que São Paulo apresenta a menor vacância dos últimos anos e o maior volume de absorção líquida desde o início do registro histórico, demonstrando uma renovada confiança no mercado imobiliário corporativo.