O mercado de assessores de investimentos no Brasil apresentou um crescimento significativo no primeiro semestre de 2024, com um total de 25.897 profissionais atuando na área, conforme relatório mensal da ANCORD (Associação Nacional das Corretoras e Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários, Câmbio e Mercadorias). A região Sudeste é a mais representativa, concentrando 62,2% do total de assessores, sendo São Paulo responsável por 40,1% dessa força de trabalho.
A análise demográfica revela que a maioria dos assessores, 79%, é composta por homens. Em termos de faixa etária, 35% dos profissionais estão na faixa de 26 a 35 anos, enquanto 31% têm entre 36 e 45 anos. Apenas 2% dos assessores têm mais de 65 anos. O relatório indica que 93,2% dos assessores possuem ensino superior completo, com 20,9% deles tendo realizado especialização e 4,3% mestrado ou doutorado.
O crescimento do setor é impulsionado pela crescente demanda por serviços de assessoria, conforme destaca Orlando Júnior, diretor de certificação, credenciamento e educação continuada da ANCORD. Recentemente, a CVM atualizou as normas que regem a atividade dos assessores de investimento, com a Resolução 178 de 2023, que estabelece claramente as funções destes profissionais, como prospecção e captação de clientes, registro de ordens de investimentos e a prestação de informações sobre produtos financeiros.
É importante observar que os assessores de investimento não estão autorizados a realizar a gestão de carteiras, consultoria ou análise de valores mobiliários, funções que são exclusivas de profissionais habilitados nessas áreas. No entanto, eles podem compartilhar relatórios de análise de ativos, elaborados por analistas registrados, se julgar que a informação é valiosa para a tomada de decisão dos investidores.