A Influência das Eleições Americanas no Mercado Brasileiro
Estamos no início de 2024 e ao refletir sobre o último triênio, é notável o quão desafiador tem sido para os mercados. Um clima de incerteza pesa sobre o futuro, amplificado pelos efeitos do chamado ‘bearmarket’, uma situação que, para aqueles que dependem diariamente do mercado, tem sido árduo suportar.
Apesar disso, os sinais sugerem que o horizonte de curto prazo para o Brasil tem potencial para ser promissor. A queda da taxa de juros tem incentivado um movimento de reação do mercado, com a bolsa brasileira registando recentes altas que podem encorajar novos investimentos individuais.
As Eleições Americanas e seus Riscos Potenciais
Entre todas as variáveis consideradas, uma merece atenção especial: as eleições nos Estados Unidos. O atual presidente americano, Joe Biden, vem enfrentando queda de popularidade entre o povo americano, deixando espaço para possíveis cenários que podem afetar o Brasil.
A falta de um sucessor forte entre os democratas, juntamente com a potencial volta de Donald Trump ao poder pelos republicanos, tem provocado diversas especulações na comunidade financeira. Vale destacar que o cenário internacional sofreu grandes modificações desde a última presidência de Trump, notadamente devido à guerra entre Rússia e Ucrânia e à subsequente divisão de grande parte do mundo em duas alianças principais:
- Zona do Euro, EUA e Japão;
- China, Irã, Rússia e outros.
No entanto, o Brasil se vê envolvido nesse cenário devido à possível expansão do BRICS, o que poderia ser interpretado como uma aproximação com oponentes comerciais dos EUA. Isso, somado à competição entre Brasil e EUA no setor de agronegócios, alimenta incertezas sobre a futura relação entre as duas nações.
Uma Visão Equilibrada
Apesar dessas possibilidades, ainda é muito cedo para afirmar que esses riscos irão se concretizar. É preciso lembrar a importância de manter a perspectiva de longo prazo e a diversificação eficiente ao investir.
Donald Trump, por exemplo, já surpreendeu o mundo ao ser o primeiro presidente americano a visitar a Coréia do Norte, evidenciando seu potencial para adotar abordagens imprevisíveis. Sendo assim, o tempo será o juiz dessas especulações. No entanto, é sempre prudente manter um radar atento a todos esses pontos.