Isenção de IR em Títulos Capta R$ 284 bi em 2023
O mercado financeiro em 2023 apresentou cerca de R$ 284 bilhões captados em títulos de renda fixa isentos de Imposto de Renda, de acordo com os dados recentemente publicados pela Anbima (Associação Brasileira de Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais).
Aumento na Captação de Títulos Isentos
O valor demonstrado marca um aumento de 35,5% em relação ao registrado em 2022, superando a captação líquida de fundos de renda fixa, que observaram um saldo negativo de R$ 59,8 bilhões no mesmo período. Fazem parte da conta, diversos instrumentos considerados títulos isentos, como as Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs), Letras de Crédito Imobiliário (LCIs), Certificados de Recebíveis Agrícolas (CRAs), Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), Letras Imobiliárias Garantidas (LIGs) e as debêntures incentivadas.
Avanço de Outros Instrumentos de Renda Fixa
Ademais, quando as opções não isentas de IR – Certificados de Depósito Bancário (CDBs), poupança, títulos públicos e as debêntures tradicionais – são contabilizados, o total captado chega a R$ 393,1 bilhões, o que representa um avanço de 15,1% em comparação com dezembro de 2022.
Produtos que Mais Cresceram
No período em avaliação, os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) ostentaram o maior avanço em termos de volume de investimentos, com um crescimento expressivo de quase 49%. As LCIs, por sua vez, arrecadaram um volume de R$ 317,1 bilhões, um notável salto em relação a captação de R$ 216,2 bilhões anteriormente. Contudo, apesar da expressiva captação de outros produtos, a poupança mantêm-se no topo do volume com R$ 901 bilhões, mesmo tendo um declínio de 4,7%.
Desempenho dos Fundos de Investimento em 2023
Quando se trata de fundos de investimento em 2023, fundos de renda fixa foram os que mais sofreram resgates líquidos, com uma retirada líquida de R$ 59,8 bilhões em 2023, superando os multimercados, que tiveram captação líquida negativa de R$ 134,3 bilhões. Em termos de rendimento, os fundos de renda fixa de crédito livre apresentaram rendimento médio de 13,6% no ano, ligeiramente acima dos 13,1% do CDI. Enquanto isso, os simples renderam abaixo do CDI, com 12,4%, e aqueles vinculados aos títulos do Tesouro Direto obtiveram retorno de 12,2%.