O presidente da Argentina, Javier Milei, causou um alvoroço recente. Em entrevista, ele falou algo que deu o que falar: chamou os sonegadores de impostos de ‘heróis’. Para ele, quem foge do fisco tem um mérito especial.
Por que “heróis”?
Mas por que essa visão? Milei diz que não pode punir quem se livra das ‘garras do Estado’. Ele enxerga a sonegação como uma forma de resistência contra o que chama de ‘ladrão’. Imagine, segundo ele, se todos pudessem fazer o mesmo; talvez os políticos parassem de ‘nos roubar’.
Vai além: ele se recusa a punir essas pessoas. E quem critica? Milei sugere que é pura inveja. Para ele, quem não conseguiu escapar dos impostos ‘não fez nada de errado’, e a crítica seria só inveja de quem ficou para trás.
O Dinheiro ‘Escondido’ e o Plano do Governo
E de quanto dinheiro estamos falando na Argentina? As estimativas do governo são altas. Falam em algo entre US$ 200 bilhões a US$ 400 bilhões guardados fora do sistema formal. Pense bem, isso é uma fatia enorme do PIB do país, representando entre 33% e 66% de toda a economia.
Diante dessa realidade, o Ministério da Economia tem uma ideia: por que não trazer esse dinheiro de volta? A proposta é incentivar a população a usar essa grana que não foi declarada. A meta? Estimular a economia, quem sabe comprando eletrodomésticos ou até veículos.
Mas, claro, nem todos veem isso com bons olhos. A oposição critica bastante a proposta de Milei. O grande receio é que, ao legalizar o uso de dinheiro sonegado, se abra uma porta perigosa. Eles temem que isso possa facilitar a lavagem de dinheiro vindo de atividades ilegais.
