Os ativos brasileiros superaram o desempenho de outros países este ano, pois os investidores acreditaram que a economia brasileira estará em boas mãos sob o novo governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Mas atualmente que Lula foi eleito e irá para assumir novamente a presidência, os investidores veem o futuro como uma incógnita.
Após vencer a eleição no mês passado, Lula reafirmou seus planos de aumentar os gastos sociais, e sua equipe de transição inclui nomes importantes do governo de Dilma Rousseff, que estava à frente do país quando a economia entrou em recessão.
Isso foi o suficiente para o Citigroup (C) aconselhar seus clientes a reduzir sua exposição ao Brasil, com o ativo local liderando as bolsas globais em baixa na semana passada.
O dólar subiu mais de 5% em relação ao real na semana passada, tornando a moeda brasileira o segundo pior desempenho entre as 140 moedas monitoradas. O DI de janeiro de 2029 subiu 17 pontos para o maior nível desde julho, enquanto o IBOVESPA despencou 5%, a maior queda desde junho.
O real se valorizou cerca de 0,2% na quarta-feira (16) logo após a reabertura do mercado local após o feriado, mas começou a cair 0,22% por volta das 11h50.
Os mercados continuarão a se concentrar no Transition PEC, falou Olga Yangol, chefe de estratégia de mercados emergentes do Credit Farm New York. A equipe de transição espera liberar o texto na quarta-feira.
Dólar caiu na segunda-feira em prévia com a notícia de que a equipe de transição de Lula avaliará alternativas mais conservadoras para pagar os gastos sociais do próximo ano.
O mercado procura pistas sobre as possíveis escolhas do novo presidente para a pasta da Economia, em meio a notícias de que o preferido do mercado Henrique Meirelles, o ex-ministro da saúde Alexandre Padilha e o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad seriam opções de Lula.