Os consumidores de países como Estados Unidos, Inglaterra, Portugal e Nova Zelândia estão enfrentando uma escassez global de ovos de galinha no início de 2023. A falta de ovos tem sido causada por diversos fatores, como surtos de gripe aviária, alta dos custos de produção e mudanças na legislação.
Nos Estados Unidos, a principal causa da escassez é um surto de gripe aviária, que afetou grande parte das granjas de produção de ovos. Na Europa, a escassez também é causada pela gripe aviária, além de ser agravada pela alta dos custos de grãos e energia elétrica decorrentes da guerra entre Rússia e Ucrânia. Na Nova Zelândia, um processo gradual de zerar a criação de aves poedeiras em gaiolas, que começou em 2012, teve como limite 1º de janeiro de 2023. Isso elevou os custos de produção e o aumento da demanda não acompanhou a mudança na legislação.
Com a alta dos preços nos Estados Unidos, as autoridades vêm aumentando as apreensões de ovos contrabandeados na fronteira com o México. As multas por não declaração de itens agrícolas, como ovos crus, podem chegar a US$ 10.000 (R$ 51 mil).
No Brasil, não há o problema da gripe aviária, portanto, não deve faltar ovos para os consumidores brasileiros. No entanto, os preços podem continuar elevados devido à queda na produção prevista para 2023. A falta de chuvas em 2020 fez com que a safra de milho fosse 16% menor do que no período anterior, segundo a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), elevando fortemente o preço dos grãos no país. Isso explica a queda na produção de ovos no Brasil em 2022, que deverá se manter neste ano.