São Paulo enfrenta uma possível paralisação no transporte público que pode afetar milhares de usuários. Os trabalhadores da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) aprovaram uma greve prevista para começar à meia-noite desta terça para quarta-feira, com um referendo marcado para as 20h.
O estopim do movimento é a insatisfação com a privatização das Linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade. Os profissionais ferroviários temem mudanças significativas na operação dos trens metropolitanos, com um cenário que pode se complicar ainda mais pela possível adesão dos metroviários.
Detalhes da Privatização
O leilão do Lote Alto Tietê será realizado na B3 na sexta-feira (28), com um investimento projetado de R$ 14,3 bilhões ao longo de 25 anos. O projeto prevê melhorias importantes, como a construção de 10 novas estações e a reforma de 24 estações já existentes.
“Privatizar a CPTM é transformar tudo em linhas 8 e 9”, declarou o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias. As linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda, já operadas pela ViaMobilidade, registraram diversas falhas nos últimos anos, chegando até a receber recomendação de rompimento de contrato pelo Ministério Público.
Impactos Esperados
Caso a greve seja confirmada, passageiros devem se preparar para possíveis transtornos no sistema de transporte público. Os trabalhadores realizaram um protesto na manhã desta terça-feira em frente à B3, no centro de São Paulo, demonstrando forte mobilização contra a privatização.
A decisão final sobre a paralisação será definida em assembleia, com os trabalhadores aguardando o resultado do referendo para confirmar o movimento grevista que pode paralisar parte do transporte público na maior cidade do país.