Ibovespa Futuro regista uma ligeira queda sem referência de NY e com queda de commodities
O dia financeiro de segunda-feira (15) viu uma ligeira queda no Ibovespa Futuro numa jornada considerada de liquidez reduzida, devido ao feriado de Martin Luther King Jr nos Estados Unidos. Em paralelo, o cenário político em Brasília se encontrava animado.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, em conjunto com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, trabalhavam num impasse em torno da reoneração da folha de pagamentos. De acordo com fontes do governo consultadas, existe uma pressão dos parlamentares para manter a desoneração, o que levou à reabertura da discussão em torno do plano de taxar remessas internacionais de até 50 dólares, a fim de compensar o benefício. Entretanto, o Ministério da Fazenda se mantém firme na necessidade da medida provisória da reoneração para assegurar o déficit zero este ano.
Às 9h11, (horário de Brasília), o índice futuro com vencimento em fevereiro operava com uma baixa de 0,07%, situando-se nos 131.910 pontos.
Impacto da queda de commodities
O índice também sofreu o impacto da queda de commodities. Os preços do petróleo caíam, com os traders sendo cautelosos em relação ao risco de interrupção do fornecimento no Oriente Médio. Esta cautela é, em grande parte, devido aos ataques das forças dos EUA e do Reino Unido para evitar que a milícia Houthi no Iémen ataque navios no Mar Vermelho.
As cotações do minério de ferro na China encerraram na baixa superior a 3%, atingindo a mínima de 3 semanas, com o principal consumidor do produto, a China, indo contra as expectativas do mercado e mantendo sua taxa de juros de médio prazo. Tal medida deixou os traders decepcionados.
O índice de referência de Cingapura também sofreu, apresentando uma descida superior a 1%, alcançando o menor nível em quase seis semanas.
Situação em Wall Street
Em Wall Street, os índices futuros dos EUA apresentavam-se mistos, em virtude do feriado de Martin Luther King. Por sua vez, a agenda econômica dos EUA da semana prometia ser movimentada, com a divulgação de vendas no varejo, produção industrial e outros indicadores a serem considerados.
Tendências do mercado de dólar e externo
O dólar comercial apresentava-se com uma redução de 0,09%, cotado a R$ 4,852 na compra e R$ 4,853 na venda. No mercado de juros, os contratos avançavam em bloco. Entretanto, o índice que mede a força do dólar perante à uma cesta de moedas registava uma alta de 0,18%, para 102,59 pontos.
As bolsas europeias operavam em uma pequena baixa, enquanto os investidores absorviam os fracos dados de crescimento da Alemanha e os números da indústria e da balança comercial da zona do euro. Simultaneamente, as bolsas da Ásia e do Pacífico encerraram o dia sem direção única, havendo especulação em torno das próximas medidas da política monetária da China após a manutenção de taxas de juros locais.