Além de pensar nas confraternizações de dezembro, as pessoas precisam olhar para o orçamento para incluir as despesas extras do início do ano, como IPTU e IPVA. Para os pais, os custos são ainda maiores por conta das despesas escolares, que devem ser reajustadas no próximo ano.
O Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de São Paulo (Sieeesp) e outras organizações do setor estimam um aumento nas matrículas e mensalidades das escolas particulares em 2023, superior a 10%. As escolas reclamam de valores desfasados durante a pandemia e alta inadimplência.
Diante da perspectiva de aumentos nos gastos, as famílias brasileiras precisam planejar o orçamento para incluir o aumento de preços das mensalidades escolares. Gonçalvez, CEO da Box Asset Management, diz que o primeiro passo é fazer um levantamento das despesas mensais indispensáveis e não indispensáveis para selecionar que custos podem ser “cortados”.
“Sem poupar, as pessoas não terão condições de suportar despesas importantes, como a educação, explica. O pagamento do décimo terceiro salário, que está programado para esta semana para os trabalhadores com carteira assinada, poderá ser usado como uma forma de “suprimento” para cobrir os aumentos das mensalidades e da matrícula escolar.
“Daniel Côelho, da Fenecon, disse que o décimo terceiro deve ser usado para pagar dívidas, não para presentes, festas ou roupas.
As alterações nos valores das mensalidades e matrículas de colégios privados costumam ser anuais e, por isso, as famílias devem elaborar um planejamento financeiro para o ano subsequente, já contemplando esse possível aumento. Conforme o diretor da ComDinheiro, Filipe Ferreira, uma taxa de inflação superior à média pode ajudar os pais a começar o ano sem dificuldades financeiras.
“É importante criar uma margem de manobra para essas flutuações de despesas”, explica Ferreira. “A inflação sempre causa danos.”