Os títulos públicos prefixados e atrelados à inflação estavam em alta até a manhã da última quarta-feira (27). Contudo, a situação mudou drasticamente na tarde do dia anterior. A maioria dos papéis apresentou desvalorização, com os títulos de maior prazo sendo os mais afetados.
O motivo principal foi o anúncio do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre cortes de gastos de R$ 70 bilhões, que não agradou ao mercado. A isenção de imposto de renda para rendimentos de até R$ 5 mil mensais, embora esperada, foi considerada inoportuna, levando o mercado a questionar o compromisso do governo com a disciplina fiscal.
Como resultado, o dólar disparou, atingindo a marca de R$ 6, e os juros futuros subiram, causando uma queda nos preços dos títulos públicos. Somente os papéis do Tesouro Selic mantiveram um desempenho positivo neste cenário, impulsionados pela alta da Selic.