O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) elevou a taxa Selic para 15% ao ano em sua última reunião, com voto unânime pela alta de 0,25 ponto percentual. A decisão, que pôs fim às dúvidas do mercado, marca o fim do ciclo de elevações dos juros, mas sinaliza o fechamento da janela de retornos elevados na renda fixa, conforme análise de Lais Costa, analista de renda fixa da Empiricus.
A unanimidade dos diretores do Banco Central na decisão do Copom encerrou a incerteza do mercado sobre a Selic, que antes da reunião estava dividido entre a manutenção nos 14,75% e a elevação ao patamar atual. Lais Costa afirmou que
“o fim do ciclo de alta deve ser positivo para os ativos de risco domésticos”
, indicando um alívio para o mercado de ações e outros investimentos de maior risco.
Contudo, para o investidor de renda fixa, a confirmação do término do ciclo de alta traz um novo cenário. A analista Lais Costa ressalta que a janela para “travar” retornos “gordos” está se estreitando, com a expectativa de que os títulos que oferecem mais de 1% ao mês comecem a desaparecer à medida que o mercado ajusta suas expectativas.
Projeções para a Selic e impacto nos títulos
Com a Selic em seu patamar máximo, o foco do mercado agora se volta para a data de início da queda dos juros. Para Lais Costa, a expectativa é de que a Selic se mantenha nos 15% até dezembro, com o primeiro corte esperado para o início de 2026.
A analista ainda destaca que o possível fim do ciclo da Selic “tem permitido um fechamento da curva de juros”. Ou seja, o mercado já projeta juros menores no futuro próximo, e essas projeções têm impacto direto no retorno dos títulos de renda fixa. Para se ter uma ideia, a NTN-B (IPCA+) com vencimento em 2035, que oferecia IPCA + 7,32% no dia da decisão do Copom (18), pagava IPCA + 7,23% na última terça-feira (24), uma queda de quase 2% em apenas sete dias.
Alternativas de renda fixa em destaque
Diante desse cenário de retornos em declínio, a especialista enfatiza a necessidade de aproveitar as oportunidades atuais antes que a “janela para travar retornos superiores a 1% ao mês se feche completamente”. Lais Costa selecionou cinco títulos de crédito privado que podem oferecer aos investidores retornos de até IPCA + 10% ao ano.
Entre as recomendações, destacam-se títulos de empresas dos setores de geração de energia elétrica e saneamento básico, considerados estratégicos e resilientes. Essa carteira completa de ativos, elaborada para quem busca rentabilidade com baixo risco, está sendo disponibilizada de forma 100% gratuita pelo Seu Dinheiro aos interessados.