O processo de privatização da Sabesp, empresa de saneamento do Estado de São Paulo, foi oficialmente concluído na última segunda-feira (22) com a liquidação da oferta pública de ações. Após essa transação, a participação do Governo do Estado na companhia caiu para 18%, uma redução significativa em relação aos 50,3% que detinha anteriormente. O Grupo Equatorial emergiu como o novo acionista de referência da Sabesp.
Ainda assim, a transição da gestão para o Grupo Equatorial dependerá da aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), órgão responsável pela análise antitruste no Brasil. Especialistas da Genial Investimentos indicam que a operação deve ser aprovada sem grandes dificuldades, uma vez que a Sabesp é considerada um monopólio regulado, com sua operação supervisionada pela ARSESP, a Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo.
Após a aprovação do Cade, o novo controlador da Sabesp deverá apresentar um plano de ação para os primeiros 100 dias de gestão, focado na melhoria da eficiência operacional da empresa. O Grupo Equatorial tem um histórico de recuperação de empresas deficitárias, o que levanta expectativas sobre uma possível transformação positiva na Sabesp.
A analista de investimentos também apontou que a privatização representa um passo importante para a empresa, pois pode contribuir para a universalização dos serviços de água e esgoto, além de promover a redução de custos operacionais, que atualmente são estimados em pelo menos R$ 3 bilhões anuais devido a ineficiências.
A previsão da Genial Investimentos é que a Sabesp chegue a um valuation de 1,0 vez em 2024, não refletindo ainda a evolução esperada de seus investimentos. A recomendação é de compra, com um preço-alvo estabelecido em R$ 77.