Analistas do Bradesco BBI, liderados por Gustavo Schroden, retomaram a cobertura das ações da B3 (B3SA3) com uma recomendação neutra e um preço-alvo estabelecido em R$ 13. O parecer foi divulgado em um relatório enviado a clientes no último domingo, onde os especialistas destacaram a ausência de catalisadores de curto prazo para o desempenho dos papéis.
Conforme mencionado no relatório, as ações da B3 apresentaram uma performance inferior em comparação a outros ativos do setor financeiro que estão sob a análise do Bradesco BBI neste ano, com o múltiplo preço sobre lucro (P/L) mostrando um desconto crescente em relação a outras bolsas. Até o momento, as ações acumulam uma queda de 21,3% em 2024, enquanto o Ibovespa registra uma desvalorização de 4,9%.
Os analistas observaram que, embora parte desse desempenho negativo esteja ligado às expectativas de taxas de juros elevadas e preocupações com a liquidez dos volumes de negociação, o desconto observado parece exagerado, considerando que a velocidade de giro da B3 é comparável à média de seus pares globais. Apesar de acreditarem que as ações da B3 têm potencial de valorização, os especialistas destacaram que a realização desse movimento está condicionada a fatores de curto prazo que, no momento, não são evidentes. Eles também não antecipam cortes nas taxas de juros em um futuro próximo, ao mesmo tempo em que avaliam que a atividade nos mercados de capitais continua modesta.
No que diz respeito a outras ações do setor financeiro que não envolvem bancos, o Bradesco BBI recomenda “outperform” para o BTG Pactual (BPAC11), com um preço-alvo de R$ 46, enquanto a XP Inc (BDR; XPBR31) recebe uma recomendação neutra, com preço-alvo de US$ 19. A ordem de preferência dos papéis analisados é BTG, B3 e XP.