Novos analistas do Santander passaram a cobrir o setor de Metais e Mineração na América Latina, destacando a Vale (VALE3) como sua principal recomendação. A preferência continua sobre o minério de ferro, resultando na manutenção da recomendação outperform e preço-alvo de US$ 18 por ADR até o final de 2024. Esta perspectiva positiva é sustentada pelas expectativas de preços do minério de ferro mais altos por mais tempo, com previsão de US$ 130 por tonelada no final de 2024 e média anual de US$ 120 por tonelada.
O relatório do Santander destaca um estimado rendimento de dividendos de aproximadamente 8% para este ano e uma melhora na operação que favorece a diluição de custos. A mineradora está avaliada em 3,5 vezes Valor da firma (EV)/Ebitda para 2024, o que representa um desconto de 30% em relação aos concorrentes australianos.
Além disso, o Santander alterou a classificação da CSN Mineração (CMIN3) de neutra para compra, com o preço-alvo estimado em R$ 7,50 para o final de 2024. A valorização baseia-se nas projeções de preços superiores do minério de ferro e dividendos atrativos em torno de 10%, com avaliação em 3,7 vezes EV/Ebitda para 2024, abaixo da média histórica.
Para os produtores de aço, a preferência permanece com a Gerdau (GGBR4), mantendo recomendação de compra com preço-alvo de R$ 25. A Gerdau se beneficia de robustez nos resultados esperados, baixa alavancagem e dividendos sólidos. A ação está avaliada a 3,3 vezes EV/Ebitda esperado para 2024, cerca de 35% abaixo da média histórica.
No segmento de alumínio, a classificação da CBA (CBAV3) foi elevada de neutra para outperform, com preço-alvo de R$ 10 ao final de 2024. A previsão é de uma rápida redução da alavancagem, com a relação dívida líquida/Ebitda caindo de 7,9 vezes no 1T24 para 2,1 vezes no 4T24. A ação é avaliada a 5,3 vezes EV/Ebitda para 2024, 27% abaixo da média dos pares.
Para a Klabin (KLBN11), o Santander manteve a recomendação de compra e preço-alvo de R$ 31, embasando-se na valorização do projeto Puma II e aumento na demanda por papelão. No entanto, existe um risco de queda nos preços da celulose no segundo semestre de 2024. Klabin está negociando a 6,9 vezes EV/Ebitda estimado para 2024.
A Suzano (SUZB3) também mantem a classificação equivalente à compra, com preço-alvo de R$ 75. A preferência do Santander é devido às avaliações atrativas e iniciativas de crescimento, além de um forte balanço patrimonial. O banco prevê um potencial aumento no Ebitda em 2024, superando o consenso de mercado de R$ 21 bilhões para R$ 22,4 bilhões, com preço projetado de R$ 62 por ação, frente aos atuais R$ 49.